Uma mulher muito pobre, que vivia em Sidney, decidiu ir para a América para arranjar emprego.
Um dia, já muito atrasada, dirigiu-se apressadamente ao porto para embarcar. Quando lá chegou, viu dois barcos atracados. Um deles, destinado aos pobres, dirigia-se a Veneza; o outro, para os ricos, ia para a América.
Sem hesitar, entrou no barco destinado aos ricos, sem ninguém reparar e sem pagar bilhete. Foi para uma cabine, que não pagou e da qual nunca largava as chaves.
A roupa da mulher confundia-se com a roupa dos ricos. Tinha medo de ser apanhada e da viagem que ia fazer, mas, ao mesmo tempo, estava ansiosa por conhecer a América.
A viagem era longa. O navio tinha de atravessar o Oceano Antárctico e o Oceano Atlântico. Os outros passageiros começaram a desconfiar daquela senhora, porque ela era muito calada e não conversava com ninguém. Comunicaram isso aos seguranças, que passaram a estar sempre de olho nela.
Um dia, o barco chegou à América e ela imediatamente desembarcou, sem ser apanhada.
A partir daí, a sua vida mudou: conheceu novos amigos e arranjou emprego.