
Façam uma recolha de textos em prosa ou em verso alusivos à quadra natalícia. O prazo de entrega é a primeira aula de Língua Portuguesa do 2.º período.
Enquanto espero que me façam chegar esses textos para organizarmos uma colectânea, deixo-vos um texto sobre o Natal da autoria de George Sand, retirado do livro 101 Noites de Natal - uma antologia literária, p. 61.
Enquanto espero que me façam chegar esses textos para organizarmos uma colectânea, deixo-vos um texto sobre o Natal da autoria de George Sand, retirado do livro 101 Noites de Natal - uma antologia literária, p. 61.
O PAI NATAL

A minha mãe cantava-me também uma canção desse género na véspera de Natal, mas como isso só acontecia uma vez por ano, não me recordo dela. O que não esqueci foi a crença absoluta que eu tinha na descida pela chaminé do pequeno Pai Natal, bom velhinho de barba branca que, à meia-noite, vinha pôr no meu sapatinho uma prenda que eu aí encontraria ao acordar. Meia-noite! Essa hora fantástica que as crianças conhecem e que lhes é revelada como o termo impossível da sua vigília! Como me esforçava por não adormecer antes da chegada do velhinho! Tinha muita vontade mas também muito medo de o ver: contudo, nunca podia ficar acordada até àquela hora e, no da seguinte, o meu primeiro olhar ia para o meu sapatinho, junto à lareira. Que emoção me causava o envelope de papel branco, pois o Pai Natal era muito delicado e embrulhava sempre a sua oferenda muito cuidadosamente. Corria descalça para apoderar-me do meu tesouro. Nunca era um dom magnífico, pois não éramos ricos. Era um bolinho, uma laranja, ou muito simplesmente uma maçã vermelha. Mas parecia-me tão precioso que mal ousava comê-lo.
Histoire de ma vie
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