quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O João-Pé-de-Feijão

Mais um conto adaptado à actualidade, desta vez do Henrique do 6.º A.


O João-Pé-de-Feijão

Era uma vez uma família muito pobre que vivia de reparar computadores.

Um dia, um bom cliente, o senhor Alberto, pôs um computador a arranjar. Por culpa do João, que era filho da dona da loja, o computador apanhou um vírus. A mãe ficou desesperada, proibiu-o de ir à net e tirou-lhe a TV durante um mês. Mas, infelizmente, já não havia nada a fazer, o computador estava completamente estragado.

Então a mãe lembrou-se de que havia uma feira ali perto, e pensou que podia vender o computador, dizendo que estava bom. Com o dinheiro da venda e juntando um pouco do seu, podia comprar um computador novo, e assim, com o dinheiro que o senhor Alberto lhe ia pagar pelo "arranjo" do computador, recuperava o dinheiro que tinha juntado para pagar o computador e não havia perda nem lucro.

João já ia a caminho da feira com o computador às costas, quando um senhor muito bem falante veio ter com ele e perguntou se queria trocar o computador por um anti-vírus mágico que, ao ser instalado, faria com que o computador nunca mais se estragasse. Deste anti-vírus ele poderia fazer todas as cópias que quisesse. Disse-lhe também que poderia vender cada cópia que fizesse por cem euros. Sem hesitar, João aceitou e foi para casa a correr muito feliz contar à mãe.

Ao chegar a casa, ao saber do sucedido, a mãe bateu-lhe, dizendo que fora enganado, que não existiam anti-vírus assim, e mandou-lhe atirar os CD para o quintal. O Joãozinho, muito triste, assim fez com todos os CD, menos um que guardou para si e foi dormir.

No dia seguinte, João olhou pela janela e viu um fenómeno muito estranho que brilhava no quintal. Foi ver mais perto e então reparou que tinham nascido vias de Internet que chegavam até ao céu.

João pensou em escalá-las e assim fez. Quando chegou lá acima, viu que podia andar nas nuvens e também que estava muito frio. Avistou ao longe um castelo e foi para lá para se aquecer.

Ao bater à porta apareceu-lhe um monstro grande e verde que imediatamente o apanhou. João percebeu logo o que estava a acontecer, ele sabia que o monstro o ia comer.

Ao ir para a cozinha, viu um quadro com uma fotografia do monstro onde se podia ler : "O vírus mais forte do universo que vai comer amanhã todos os aldeões da terra. Ah! Ah! Ah!".

O monstro, pondo João à frente da cara, dizia: "Vamos ver se és bom para comer!" O João lembrou-se então que tinha um dos anti-vírus mágicos que o senhor lhe trocara e atirou com toda a força o CD para a boca do monstro.

Ele viu que o anti-vírus era realmente mágico. O monstro largou-o porque o anti-vírus estava a enfraquecê-lo. Correndo muito e sempre com o monstro atrás de si, João conseguiu chegar à via da Internet e desceu por ela. Chegando cá abaixo, foi buscar um computador e ligou-o à via. Vendo que o monstro já estava também a descer, instalou o mesmo vírus com que tinha danificado o computador do senhor Alberto. A via estragou-se e com ela o horrível vírus gigante que lhe estava ligado.

João foi trabalhar para comprar um computador novo ao senhor Alberto, sabendo que afinal tinha sido uma boa troca e que tinha salvado o mundo!

Henrique Ferrer, 6.º A

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