Era uma vez uma senhora muito bonita que vivia em Inglaterra, junto ao mar que adorava. Por esse motivo, os seus pais chamaram-lhe Maria do Mar.
Quando os pais morreram, ela estava desempregada e vivia com uma filha de cinco anos e com o marido. Este trabalhava dia e noite e nem assim tinha dinheiro para sustentar a família. Não eram muito pobres, mas o dinheiro não chegava para as suas necessidades. Então, decidiram emigrar, para terem melhores condições de vida. Partiram para a América, mais propriamente para Nova Iorque.
Enquanto navegavam, Maria do Mar lembrou-se que deixava para trás a sua casa, o seu país e a sua família. Embora fosse acompanhada do seu marido, deixara ficar a filha com os avós paternos.
Sentia-se melancólica e muito triste, mas, ao mesmo tempo, sentia uma enorme esperança, porque queria acreditar que ia ganhar dinheiro com o qual podia melhorar a vida da sua filha. Por outro lado, estava também um pouco receosa, porque ia ficar numa terra desconhecida, sem conhecer ninguém e onde podia não ser bem tratada, nem ela nem o seu marido. Havia o risco de não encontrarem o emprego que desejavam e assim levarem muito mais tempo a voltar a ver novamente a filha.
Quando alguém do barco gritou ”Terra à vista!”, Maria do Mar levantou-se logo e o seu coração bateu com força. Por um lado, tinha medo do que iria encontrar mas por outro a expectativa era grande: esperava encontrar melhores condições de vida para poder juntar dinheiro. Aproximaram-se mais da cidade e, ao ver os prédios gigantescos, ficou muito admirada. Chamou o seu marido e disse:
-Olha para aquela cidade! Tenho esperanças de que vamos viver melhor lá, mesmo que seja numa cabana.
-Eu também tenho alguma esperança - respondeu o marido.
À medida que se aproximavam do porto, toda a melancolia e tristeza que Maria do Mar sentia transformou-se em vontade, coragem e força para apoiar o marido, que sentia o mesmo, e seguirem em frente com vontade de vencer …
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